Como criar um manual de segurança no condomínio?

A busca por condomínios, muitas vezes, é motivada pela segurança que ele proporciona. Nesse sentido, os números reforçam esse tipo de precaução, visto que pelo menos uma residência é invadida por ladrões a cada hora no estado de São Paulo. Isso leva os moradores e síndicos a reforçarem o controle e a supervisão das atividades nos espaços comuns. Uma prática efetiva para ajudar na proteção do ambiente é a elaboração de um manual de segurança do condomínio. 

A criação deste regimento pode gerar dúvidas entre administradores e condôminos. Por mais simples que pareça ser, são muitas particularidades para serem levadas em conta na hora de pensar em um manual geral. E o mais importante, essa atividade precisa ser desenvolvida em conjunto, levando em consideração as sugestões de todos os moradores e funcionários. 

Se você tem dúvidas sobre o que colocar e como elaborar um código de conduta para reforçar a segurança em condomínios, siga as dicas elencadas a seguir.

1. Faça uma avaliação prévia da atual segurança do espaço

Antes de qualquer coisa, é necessário levar em conta quais medidas de segurança o condomínio já executa. Mapear as iniciativas, bem como os recursos físicos de segurança, deve ajudar a delinear quais são os próximos passos. A captação de informações precisa ser minuciosa e observar, inclusive, se os combinados já existentes são seguidos por todos. 

Nessas horas, todo o tipo de organização é bem vinda: planilhas, documentos para catalogar as informações ou qualquer ferramenta que possa agregar o que foi analisado. Outro ponto é a elaboração de questionários para serem respondidos pelos moradores, o que deve gerar um feedback necessário para pensar nas falhas existentes e pautar as futuras ações. 

2. Convoque uma assembléia para discutir o tema com os condôminos 

A elaboração de um documento como esse precisa ser de forma coletiva. Por isso, agendar uma reunião para discutir o assunto e retomar as sugestões e as avaliações dos condôminos é a forma mais assertiva de criar um manual forte. É válido reforçar a importância do evento, quando for agendado, para que ele seja aderido pela maior quantidade de moradores, pois as decisões serão concluídas de acordo com as decisões da maioria. 

Dois pontos que costumam gerar debates são a forma de controle das visitas e as entregas por delivery. Dessa forma, uma discussão conduzida em um espaço propício para gerar acordos, pode levar a uma conclusão comum e que contemple a maioria. 

3. Faça capacitação para funcionários e instrua os condôminos

Depois de redigir o manual, é fundamental fazer com que os acordos cheguem a todos. A instrução deve ser impressa e entregue aos condôminos, mas também é válido considerar uma reunião para repassar tudo o que foi decidido. Mesmo com tudo regulamentado, é primordial instruir os funcionários para que eles possam trabalhar em conformidade com tudo o que foi estabelecido. 

A fixação de cartazes com recomendações também pode ser uma opção para difundir as regras do condomínio, tanto para moradores quanto para funcionários. Além das normas, pode ficar acordado a aquisição de equipamentos de segurança, o que vai demandar um tempo de capacitação dos trabalhadores para que eles saibam usar eventuais sistemas de câmeras, iluminação e outros recursos.

4. Monitore periodicamente o seguimento dos protocolos 

O último passo é o que deve ser mantido depois de toda a reorganização. Para garantir que os moradores vão seguir todos os combinados, é preciso monitorá-los e até mesmo adverti-los quando não estiverem agindo de acordo com o que foi estabelecido. 

Além de monitorar, vale avaliar e pedir o feedback dos moradores também. Essa prática deve ajudar a reparar algumas lacunas que podem ter sido deixadas na primeira redação do manual. 

O que levar em consideração na hora de elaborar o manual de segurança do condomínio? 

Esse tópico precisa pensar em dois aspectos: os protocolos seguidos diariamente por funcionários e moradores e, do outro lado, a segurança física do local. Em um primeiro momento, vamos elencar alguns pontos práticos que devem constar no código, se ainda não integrarem o dia a dia do condomínio:

• Limitar o delivery apenas para retirada na portaria;
• Não abrir o portão da garagem caso tenha uma presença suspeita próximo a entrada;
• Não permitir a entrada de pessoas desconhecidas pela entrada de pedestre no momento em que estiver entrando no condomínio;
• Não deixar chaves reservas na portaria e não entregar cópias para prestadores de serviço.

No caso dos porteiros e demais funcionários, eles também precisam estar cientes do que foi acordado e, para além disso, devem tomar precauções e seguir medidas preventivas como:

• Não deixar o portão aberto para que outros funcionários executem tarefas como varrer a calçada ou na hora de retirar o lixo;
• Interfonar para o condômino antes de liberar a entrada de funcionários particulares, prestadores de serviço e até mesmo visitas; 
• Conferir a placa do carro e o condutor do veículo antes de liberar a entrada;
• Não permitir a execução de mudanças que não foram agendadas previamente.

Por fim, vale mencionar que nessas horas, as tecnologias de monitoramento e controle são fundamentais para reforçar a segurança do condomínio. Aqueles que buscam ampliar a proteção e o resguardo do local, devem procurar instalar aparelhos como:

• Sistema de câmeras e cúpulas para ocultá-las ou deixá-las mais discretas;
• Cerca elétrica;
• Iluminação reforçada, bem como sensor de presença para automatizar as luzes;
• Botão de pânico silencioso para acionar a vigilância;
• Identificação biométrica nas entradas e saídas.

Seguindo essas dicas para elaborar o manual de segurança do condomínio, fica fácil manter o ambiente comum cada vez mais confortável e tranquilo para os moradores. Tanto os protocolos acordados pelos condôminos, quanto os aparatos para automatizar a vigilância, devem garantir a proteção de todos. Mesmo assim, não se esqueça de fazer avaliações periódicas para aprimorar o que for preciso. 

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