Como projetar casas inteligentes? Dicas para incorporar a tecnologia à arquitetura

No passado, casas inteligentes ou com recursos de automação eram vistas como uma exclusividade de projetos de alto padrão. Para a maioria dos consumidores, esse tipo de conforto era apenas um desejo.

Para os profissionais de arquitetura isso significava restringir as possibilidades de aplicação: quase sempre esses itens eram cortados dos projetos em razão do alto custo. Porém, o tempo passou e a automação residencial deixou de ser um negócio para poucos. Ao contrário.

Incorporar tecnologia à arquitetura é hoje não apenas uma tendência, como também uma demanda dos consumidores. A acessibilidade dos itens, a simplicidade de instalação e o aumento da variedade de equipamentos combinados com redes Wi-Fi, 4G e 5G mais estáveis transformaram as possibilidades.

E como um profissional de arquitetura pode incorporar tudo isso aos projetos? Listamos aqui algumas oportunidades para você ampliar horizontes e construir projetos ainda mais ricos para os seus consumidores.

Teste e conheça as alternativas disponíveis

É bem provável que você receba em seu e-mail ou em sua casa muitas informações relacionadas a produtos de automação. Lâmpadas inteligentes, câmeras de segurança e controles universais são alguns exemplos disso. Entendemos como eles funcionam, mas, e na prática, você já teve a oportunidade de testar um produto como esses no dia a dia?

Testar as opções disponíveis nos painéis de controle, verificar como as mudanças impactam no ambiente e interagir com os mais diversos tipos de equipamentos disponíveis enriquece sua experiência. Certamente, isso ampliará seus horizontes na hora de buscar soluções inteligentes na elaboração de um projeto.

Priorize soluções integradas

Múltiplos fornecedores oferecem diversas soluções de automação. Porém, será que elas conversam entre si? Entender as necessidades de cada cliente é fundamental para escolher com qual sistema trabalhar e, posteriormente, conhecer qual é a oferta de tecnologia disponível para atender cada requisito.

Ao buscar por ferramentas para programar e controlar ambientes, tenha em mente que é importante pensar em todo um ecossistema em torno da solução. Peças tecnológicas evoluem e seu consumidor, preferencialmente, deve ter a opção de poder atualizá-las periodicamente se assim desejar, sem a necessidade de obras.

Forma e função: entenda os motivos pelos quais o ambiente será automatizado

“Forma e função” é um tema muito estudado por arquitetos e designers. Esses princípios também devem ser aplicados às soluções tecnológicas. Por mais tentador que possa parecer para um consumidor, é importante que ele compreenda que uma casa inteligente não precisa ser um showroom de tecnologia.

Os elementos tecnológicos adicionados ao ambiente devem ter uma funcionalidade definida, simplificando a vida dos moradores. De nada adianta a instalação de um sistema moderno, mas de usabilidade difícil, sobre o qual os residentes da habitação não terão domínio. Nesse caso, as frustrações geradas podem se sobrepor a um trabalho de qualidade.

Deixe a criatividade fluir

Uma das premissas do desenvolvimento tecnológico é permitir que os seres humanos tenham acesso a uma melhor qualidade de vida. A automação é uma alternativa para transformar tarefas repetitivas simples em ações ainda mais rotineiras, deixando mais tempo livre para que possamos relaxar ou explorar nosso potencial criativo.

A premissa também vale para a elaboração dos seus projetos. Se a automação pode ser capaz de criar ambientes mais aconchegantes e versáteis, controlados a distância pelo smartphone ou por comandos de voz, por que não explorar essa possibilidade em prol da sua criação? Oportunidades certamente não irão faltar.

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Que outras técnicas você costuma incorporar aos seus projetos para fazer um bom uso da tecnologia em função da arquitetura? Compartilhe com a gente nos comentários.