Uso de tecnologia no planejamento e participação dos cidadãos na…
O que são cidades inteligentes e como esse conceito vai determinar o nosso futuro
A tecnologia tem transformado profundamente o estilo de vida das pessoas e, de modo permanente, a qualidade da infraestrutura na sociedade. Assim, recentemente, surgiu o termo “smart cities” e sua popularidade cresceu de forma que, hoje, o conceito deixou de ser uma novidade e tornou-se uma realidade cada vez mais próxima do nosso dia a dia. Afinal, você precisa conhecer o que são cidades inteligentes e como esse conceito vai determinar o nosso futuro. No ranking de prioridades desse conceito, otimização de espaços e aprimoramento da qualidade de vida figuram sempre no topo.
O futuro da vida urbana
Já faz muito tempo que a humanidade mergulhou no turbilhão de informações e tecnologias da contemporaneidade, mas as novidades, cada vez mais empolgantes, não deixam de nos surpreender. Num piscar de olhos, técnicas rudimentares foram substituídas por métodos otimizados e sistemas informatizados; itens comuns do dia a dia foram trocados por equipamentos multifuncionais e comandados por voz; e nossa vida, antes tão modesta, hoje se encontra na nova possibilidade das cidades inteligentes.
Mas, o que seria, então, essas cidades inteligentes, senão o futuro da vida urbana? Dizer que nada mais será o mesmo seria cair no bom e velho clichê, então, que tal seguirmos por um caminho mais inovador? O conceito de smart cities se popularizou na nossa sociedade, cujo desejo é aprimorar a qualidade de vida de seus moradores e otimizar infraestruturas para oferecer uma rotina mais organizada e coesa de forma geral.
Portanto, o futuro já está aqui: as cidades inteligentes são o destino de toda grande cidade. Ainda existem, porém, algumas dúvidas e detalhes que precisam ser esclarecidos a respeito desse conceito, para que a ideia seja absorvida da maneira correta e para que os resultados sejam satisfatórios para todos os lados envolvidos na história.
O que são cidades inteligentes?
Cidades inteligentes são aquelas que fazem uso de recursos interconectados e tecnologias modernas para otimizar a qualidade de vida e aprimorar os mais diversos processos desenvolvidos dentro de uma determinada região, como transporte, comunicação, lazer e comércio, estando sempre muito bem alinhadas com os cuidados com o meio ambiente e com a preservação da natureza.
O primeiro passo para estar mais próximo do conceito das smart cities é obter a percepção de que existe um equilíbrio que deve ser mantido e respeitado quando nos dedicamos ao progresso e ao avanço tecnológico. Isso quer dizer que as cidades inteligentes não são resumidas apenas em tecnologia de ponta, mas também em práticas que melhoram a qualidade de vida da população em geral e técnicas que reduzem (ou até eliminam) os impactos causados ao meio ambiente. O avanço tecnológico precisa ser crescente, sem jamais agredir a natureza; nisso consiste o equilíbrio.
Uma cidade inteligente é reconhecida pelas operações ágeis e simplificadas, pelos aspectos positivos da mobilidade e acessibilidade, da dinâmica cultural e da sustentabilidade. O apoio da população e a consciência de que o desenvolvimento requer esforços contínuos são os primeiros passos para alcançar, de fato, o patamar de cidade inteligente.
Antes de tudo, porém, cidades inteligentes são projetos. Nenhuma cidade que se encaixe nessa categoria existiria de fato se não tivesse havido um planejamento bem estruturado e pensado com antecedência. Dentre as características mais marcantes desse conceito, estão:
- Controle de transporte público eficiente;
- Conectividade entre os sistemas de trânsito, comércio, residências e autoridades do governo;
- Integração das obras de manutenção, iluminação pública e sistemas de monitoramento;
- Centros de reciclagem e outras práticas de sustentabilidade coletivas, como estações de tratamento, aterros adequados, locais de compostagem ou construções ecologicamente corretas;
- Uso consciente de recursos naturais (como água, gás e petróleo) com técnicas modernas de controle e reutilização;
- Digitalização de processos, rapidez no funcionamento de determinadas atividades e diminuição da burocracia no âmbito social;
- Melhoria nos meios de comunicação;
- Democratização da informação e da educação;
- Infraestrutura moderna, que muitas vezes inclui inteligência artificial, realidade aumentada/virtual, redes de dados ampliadas e de alta capacidade de desempenho, sistemas de segurança integrados e sensores de vigilância que detectam possíveis acidentes e eventuais catástrofes, como enchentes e deslizamentos, por exemplo;
- Internet gratuita em ambientes públicos;
- Coesão social, uma vez que a estabilidade entre pessoas de diferentes origens e a coexistência pacífica entre culturas distintas é um dos principais focos do planejamento das cidades inteligentes;
- Foco numa economia de qualidade.
Cidades inteligentes: o surgimento do conceito
O termo “cidades inteligentes” nasceu em meados da década de 90, quando o avanço tecnológico se disseminou em tal velocidade que, agora, seria impossível ignorá-lo e tomar a decisão de não incorporá-lo à rotina seria, senão uma péssima ideia, desperdício.
Surgia, então, um ecossistema urbano inovador guiado primordialmente pela tecnologia e sustentado pela colaboração mútua da população. Tanto o avanço tecnológico quanto o avanço da conscientização geral sobre qualidade do meio ambiente e progresso ecológico-sustentável conduziram as cidades a um patamar nunca antes alcançado. Hoje, o conceito deixou de ser novidade: passou de inovação a standard.
A expansão das cidades inteligentes pelo mundo
Assim como a própria tecnologia, as cidades inteligentes se ampliam ao redor do mundo de modo quase viral, alimentadas pela globalização e pela democratização do acesso à informação. Em pouco tempo, as cidades inteligentes não eram mais exclusividade dos países superdesenvolvidos. Regiões mais afastadas dos grandes centros começaram a adaptar-se às práticas “smart” e, logo, cidades inteligentes puderam ser encontradas com uma simples busca em mecanismos de pesquisa.
Conheça alguns exemplos de cidades inteligentes:
Nova Iorque, Estados Unidos
Recentemente o governo implantou na rede pública de telefone uma plataforma interativa que fornece internet de qualidade a todos os residentes, disponibilizando também informações sobre eventos locais, entretenimento, notícias e alertas de segurança. Além disso, o trânsito agora é monitorado por sistemas inteligentes e as escolas contam com câmeras e sensores de presença que economizam até 17 milhões de kWh e reduzem a emissão de gases do efeito estufa.
Amsterdã, Holanda
A cidade é famosa pelo uso abundante de bicicletas como meio de transporte por parte da população, que vê na sustentabilidade e na preservação do meio ambiente a saída mais consciente para uma qualidade de vida melhor. Além disso, uma plataforma oferece incentivos financeiros e suporte para que as instituições e os moradores, de forma geral, possam desenvolver projetos verdes, e, muitas casas estão incorporando em seu arsenal automações residenciais que economizam energia elétrica, como lâmpadas inteligentes e sistemas de luz automáticos.
Tóquio, Japão
Cidade altamente futurista, Tóquio controla de forma eficiente a quantidade de energia utilizada no país, nos edifícios comerciais e nas casas de cada família, munindo-se também de automação para estabelecer tarefas domésticas e rotinas sustentáveis. Alguns bairros ecológicos foram criados e as Olimpíadas de 2020, ocorridas em 2021 em meio à pandemia, também foram especialmente adaptadas para respeitarem os ideais e as práticas de sustentabilidade do país.
Onde o Brasil se encaixa nisso
Aos poucos, o conceito mundial de cidades inteligentes vem chegando ao Brasil e se tornando uma realidade mais próxima do nosso dia a dia. Em breve, iremos nos equiparar ao resto do mundo, começando, principalmente, por São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, que já são internacionalmente reconhecidas como cidades inteligentes, com suas vastas áreas florestais, parques e grande quantidade de lixo reciclado, programas de incentivo ecológico e um sistema de transporte urbano altamente eficiente.
Assim, uma cidade inteligente é aquela que conta com o apoio não de uma ou duas pessoas focadas no desenvolvimento, e sim, de toda uma população que, unida, trabalha em prol de um único objetivo: transformar o local onde vivem numa região mais próspera e, de uma maneira geral, mais ideal para se viver.
Referências: Inovação SEBRAE, VivaDecoraPRO, Exati, Tecno It, G1, Via UFSC